Sou gay mesmo, e dai? (Leia por sua própria conta e risco)
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O dia em que aprendi a ser tolerante:
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29.6.04
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João Sivério Trevisan na G Online:
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17.6.04
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Existe um tipo de gay ou bi que, quando está entre amigos que não sabem, finge ser exatamente o que ele mais teme ou odeia: um hetero preconceituoso.
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16.6.04
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Se você está cansado do seu Internet Explorer com pop-ups, programas espiões, barras de ferramentas que aparecem do nada, página inicial, de erro, de busca e favoritos modificados misteriosamente, faça como eu, use o Mozilla Firefox.
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Os flyers na parada são uma atração à parte, como este que o DiDi recebeu:
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15.6.04
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No no no bambino!
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14.6.04
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Quinta fui pra Mood e já encontrei dezenas de bibas de Belo Horizonte. Sexta rodei a cidade toda atrás de encomendas pra minha mãe, do bairro da Liberdade até a Santa Efigênia, onde quase comprei uma câmera digital bacana. Mas fica pra depois, vou continuar com a vagabundinha emprestada do meu vizinho. À noite fiquei mais quieto, saí com minha irmã e fui assistir Cazuza. Depois encontrei com os meninos na Consolação e de lá fui pra casa dormir. No sábado acordei cedo, fui pra exposição do Picasso na Oca - o parque do Ibirapuera, e à tarde encontrei com outros de BH e com o DiDi pra irmos pro HopiHari. Exatamente quando chegamos a chuva parou e pudemos aproveitar bem até às 8 da noite, quando o parque fechou.
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10.6.04
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Estou em SP com o Didi, Rindu, M, SJC, outros amigos, caras que sempre vejo nesses eventos e já conheci o Tommie e o Aliensampa.
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7.6.04
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Sobre Juiz de Fora, curti o fim de semana lá com o CrisF. Rimos bastante com os amigos desorientados dele. Conheci pessoas e histórias individuais bem interessantes. Mas, em alguns momentos, os carinhas juntos ficavam eufóricos, tipo, muita bebida, cigarro e festas pela madrugada afora, e eu e o CrisF chegamos à conclusão que não conseguíamos acompanhar o pique.
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Depois de 10 horas por dia na frente do computador, como tem sido estas semanas, não sobra muito tempo e disposição para este blog.
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2.6.04
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Filadélfia faz campanha publicitária para atrair turistas gays.
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Campanha:
Meses anteriores
O que andei escrevendo nesse blog...
Maio de 2002 - Como tudo começou. Justificativas do porquê desse blog e as dúvidas iniciais da vida de quem está experimentando.
Há alguns anos atrás conheci uma mulher de nome estranho num coquetel no Ponteio Lar Shopping. Nunca tinha visto antes e nunca encontrei depois. Mas naquela noite éramos grandes amigos. Enquanto conversávamos comíamos salgadinhos que os garçons serviam. Num determinado momento ela me falou:
- É a terceira vez que você lambe os dedos depois de comer.
- Hum... é uma péssima mania minha né... - respondi.
E ela concluiu:
- Não estou dizendo que é certo nem errado, só reparei que é algo peculiar seu.
(...) Pode-se dizer que, hoje, cidadãos e cidadãs homossexuais estão mais confiantes na conquista da sua dignidade pessoal. Cada vez mais, sentem orgulho de sua maneira de amar, ao compreenderem que não há nada de errado com ela. A solidariedade dos movimentos homossexuais de massa incrementa-lhes a sensação de pertencerem a uma comunidade e reforça sua auto-estima. A maior visibilidade social oferece uma auto-imagem positiva às novas gerações homossexuais. E passa uma lição de tolerância, como na Parada do Orgulho Gay de São Paulo, pela diversidade crescente de participantes.
A parada é hoje a maior festa política deste país, a favor da liberdade de amar, contra a culpa. A multidão que lotou a Paulista e a Consolação realizou uma imensa celebração amorosa, na contramão da cultura homofóbica. Mostrou homossexuais celebrando uma nova compreensão do amor e ensinando este país a lutar pelo direito de amar -uma proposta política digna de sociedades democraticamente sofisticadas. (...)
Noto isso na minha academia. Tem um gay que vejo às vezes na boate Josefine. Mas quando ele está malhando com os caras que não sabem que é gay, ele faz piadas e usa todo o vocabulário estereotipado que herdamos da sociedade.
Isto me cansa um pouco. Primeiro, porque não vejo a mínima graça em brincadeiras preconceiturosas. E depois porque acho que é um tiro no pé. Se o cara quer viver um dia com menos preconceito, quer poder beijar homens na boca sem que fiquem comentando e achando errado, creio que deveria fazer a sua parte e não estimular o aumento da homofobia. E uma campanha como esta deveria começar a ser implementada pelos próprios gays.
Há uns 15 anos atrás uma propaganda premiada mostrava um negro contando piadas e terminava com "quer ouvir mais uma? no Brasil não existe preconceito racial". E o narrador completa: "O pior tipo de preconceito é aquele que você acha que não tem".
Hoje em dia as pessoas evitam piadas de negro mas as piadas contra gays existem em todo local. Incentivados pela mobilização dos negros poderíamos manter em mente formas de diminuir a homofobia.
Quando eu digo pra não contar piadas incluo aqueles comentários "você está virando cruzeirense" (usando a rivalidade do futebol mineiro - que sempre cita o outro como sendo homossexual). Todos sabemos que torcer para o Cruzeiro ou pro Atlético não interfere na sexualidade, assim como a profissão, a cidade em que nasceu ou a cor da camisa que se está usando. Na minha opinião, a única coisa que diz que um cara é gay se ele gosta de ficar com homens.
Algumas formas de evitar o preconceito seriam:
1) Não contar piadas de gays (de bichinha, de travesti, etc).
2) Boicotar e reclamar expressamente da exploração destes personagens em programas de TV.
3) Não entregar outros gays. O cara que se passa por hetero e aponta o gay é o pior hipócrita.
4) Se você faz a linha hetero e amigos ou colegas de trabalho comentarem sobre a homossexualidade de outro cara com você, ou se resolverem discutir se fulano é gay ou não, existem várias formas de sair da situação. Sem ter que ser mais um preconceituoso e sem risco de entregar a sua própria homossexualidade. Apenas ignore, ou deixe claro que você não se preocupa, que não nada tem a ver com a vida pessoal dele. Pode usar também algo do tipo "se não estou afim dele nem ele está afim de mim, que mal tem?". O argumento infalível, positivo para os gays e que os heteros adoram é "bom que sobra mais mulher".
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À noite fui com um amigo pra Level. 4 dos 5 caras que beijei lá eram figurinhas repetidas que fiquei no Rio, aqui em BH ou mesmo em SP em alguma outra ocasião. O único inédito ainda era um branquinho novo que me puxou no meio da pista.
Às 6h30 fomos embora. Até pensamos em ir pra D.Edge, mas não conseguia me mover, mesmo sob efeito de cafeína e extrato de guaraná.
Dormi até às 4 da tarde. Dei apenas uma passada na parada, que já estava descendo a consolação, despedi dos meninos, fui pra casa da minha tia comer fondue e peguei o ônibus de volta.
Já comprei o meu ingresso para o GayDay do HopiHari.
Minha irmã, meu primo, a esposa dele e minha tia querem ir para a Parada no domingo.
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