Sou gay mesmo, e dai? (Leia por sua própria conta e risco)
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Ontem encontrei com os meninos na Savassi. Fomos pra casa do Kyle beber gin com guaraná e vodka com fanta. Tinha um tanto de gente, inclusive um erê que eu acho que estava afim de mim. Mas às 2h30 da manhã minha xereca coçou, me deu a louca e fui pra boate.
Estava mais ou menos. Mas tinha uns dois carinhas que eu estava afim. Um é o leitor desse blog Leandro, gostoso, que estava com duas amigas héteras, gostosas também. Falei muita asneira na cabeça delas, que queria levar elas prum motel, e se elas fariam sexo com gays, e com dois ao mesmo tempo e tal. Era brincadeira mas tinha um fundo de verdade. Mas o Leandro não me deu idéia (parece que estava afim de uma barbie loira), aí fui dançar com o Bjorn, vi o Cara do 2o. andar com o namorado, recebi umas cantadas de uns caras que nunca vi mas ignorei. Aí fui ao banheiro. Chegando na porta encontrei o outro carinha que eu estava afim a fim (afim junto é o que apresenta afinidade). Conversamos um pouco e acabamos beijando ali mesmo. Não fizemos pegação nenhuma, ok? :-) Às 5h fomos embora. Ele também estava de carro, então fomos cada um pro seu lado.
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29.3.03
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Quinta feira fui na Jô, com a galera. Bebidas a R$1,50. Nem preciso dizer que fiquei aloka. Mas fui embora cedo, tipo 1h30, tinha que trabalhar. Mas ouvi dizer que estava cheio até 4 da manhã. Como tem viado desocupado nessa cidade! Ou então são muito guerreiros. Se eu durmo depois das 4 só acordo meio dia. Preciso de pelo menos 8h de sono se não fico um zumbi no outro dia.
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27.3.03
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Você ficaria com um cara que tem namorado? Eu já fiquei, mesmo sabendo disso. Você transaria com um cara que tem namorado? Eu transei, mesmo conhecendo o namorado dele.
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25.3.03
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Ontem cheguei em casa da malhação com uma fome da Tazmânia... Comi um pão com dois ovos fritos e um copo de leite, enquanto descongelava e grelhava 250g de peito de frango. Depois comi uma banana enorme.
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Estava com uma mania doida (como se todas manias não fossem doidas). Mas acho que já parei. É o seguinte, quando saio e dou carona pro Bruno, sempre volto pra casa pelo Complexo da Lagoinha e passo pelo Viaduto Oeste, de madrugada. O elevado é em curva tipo "s", com mureta de proteção dos dois lados. Mas o detalhe é que, como estou sempre sozinho, eu tenho tentado fazer o percurso cada vez mais rápido. Comecei com 75km/h. Aumentei pra 80, estava tranquilo. Passei pra 90, já cantando pneu, e a última vez que fiz foi a 95km/h. O carro já começa a sair com as 4 rodas.
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Estou testando o bloggar. Não precisarei mais abrir a página do blogger para postar.
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24.3.03
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Atendendo a pedidos e à maioria dos votos na última enquete (65%), segue aqui um acontecimento que omiti.
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Ontem fui ver Chicago, com o Vortisto e um amigo chamado Gustavo. Adorei. não foi à tôa que ganhou o Oscar. É um musical bem feito, com uma lógica entre a história e as canções. Ao contrário daquela insanidade que é Moulin Rouge.
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23.3.03
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Fui mais uma vez pra Jô. E estava lotada também. Achei que não ia ter público para os três dias direto. Mas como tem gay nessa cidade! Tudo bem que vários eram repetidos, como eu, que parecem que têm carteirinha da boate. Mas o público era diferente. Os estilos das noites são outros. Quinta é o bar, música ao vivo, boate mais tarde e show de dragqueen. Sexta foi housemusic de qualidade até de manhã. E sábado a boate tradicional com dragmusic.
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22.3.03
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Ontem na Jô estava legal. (Calma, este não é um post copiado do anterior não... eu fui quinta e sexta lá, e tem a remota chance de ir hoje, ganhei convite, tem uns amigos indo e tal... mas acho melhor não né). Pois então, estava bem legal. Gastei R$34 e fiquei transtornado pelo álcool :-). Dancei horrores, rodei a boate toda e fiquei lá até umas 7 e meia da manhã. E ainda tinha gente dançando. Eu até queria ficar mais mas desisti porque não aguentava.
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21.3.03
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Ontem na Jô estava legal. Gastei só $9,50 e fiquei bêbado. Dancei um pouco, rodei pela boate lotada e fiquei vendo os caras. Deitei no sofá com o Rodrigo, o terceiro cara que fiquei na minha vida, e uma lésbica amiga dele. Ela ficava falando que eu sou lindo, que ia desistir de ser lésbica pra ficar comigo, essas coisas de mulher loka. Dei um choquinho nela. Rodei mais, procurei a galera mas estavam todos se jogando na pista. Quando comecei a melhorar resolvi ir embora, já era mais de 1h da manhã e eu tinha que trabalhar hoje.
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Alguns visitantes notaram que esse ano estou mais discreto e comedido nas palavras, ao contrário do ano passado, quando falava diretamente sobre tudo que acontecia. Tenho relatado os acontecimentos de uma forma mais clean, discreta, mesmo às vezes falando de sexo. Sei que existem visitantes com diferentes gostos, mas não sei a quantidade de cada um. Por isso crio essa nova enquete:
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20.3.03
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Gente quem viu o Bush preparando para dar o discurso sem saber que já estava no ar... Passando laquê no cabelo e tudo!
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Por que uma co-worker pode ter uma foto enorme do Brad Pitt sem camisa no seu desktop e eu não?
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Terça no bar estava legal. Mas não era de graça não, devido à "Terça do Real", onde as bebidas nacionais e refrigerantes são R$1,00. A entrada era R$8, mas conversamos com a barraginha (que fez pra todo mundo por R$5) ou com o segurança (que já sabe meu nome, basta eu chegar que ele já preenche a cartela e me entrega). Lá dentro não estava muito cheio não (a galera precisa ficar sabendo que mudou do EndUp pra lá), mas adorei encontrar um tanto de gente que não via há tempos. Fred, Flávio, Marckye, Pequeno Príncipe, etc, além da galera que encontro sempre. Outro fator bom de lá é que conheço a maioria do staff, me sinto em casa.
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19.3.03
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Para as lésbicas: As mulheres da noite de Zurich.
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18.3.03
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Hoje vou ao Five, bar gls novo que tem na Contorno esquina com Bahia. Lá é bem legal, administrado pelo pessoal do falecido End Up. E por um mês não cobrarão entrada, só o que consumirmos. Vamos? Eu e o Marckye estaremos lá umas 10h30.
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Ontem tive um pesadelo estranho. Sonhei que morri afogado. Estava mergulhando num mar com umas rochas enormes e fiquei sem como chegar à superfície e respirar. Acordei assustado. Voltei a dormir e tive mais uma vez um pesadelo semelhante, morri novamente. Acho que meu subconsciente está querendo me dizer alguma coisa.
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17.3.03
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Quase ninguém quis votar na enquete da auto-gongação! :-) E a opção que está ganhando é a primeira, mais amena... Vocês estão bem pacíficos heim?
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16.3.03
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Nesse domingo de chuva vou ficar aqui com vários filmes e chocolate quente.
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15.3.03
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Momento de auto-desaprovação. Vote em quantas alternativas quiser:
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Continuando o papo sobre um cara que quer apresentar o amigo, ontem na Jô o Bruno veio me falar:
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14.3.03
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Ontem, quando saía do inglês, resolvi passar no Shopping Cidade e ver um filme (Quarta e quinta é R$ 3,50 na promoção com carteirinha, tive que aproveitar). Cheguei cedo, e vi que o filme que resolvi ver, As Horas, ia demorar pra começar, então fui tomar um suco e comer um pão de queijo. Tentei não reparar nos gays que estavam por ali. Quando comprei o ingresso parei no meio do corredor pra ver como era o adesivo do Demolidor que ganhei da caixa. Nessa hora fui abordado por um carinha negro meio afeminado que disse:
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O conto de Machado de Assis citado abaixo é o "Um homem superior"
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12.3.03
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Sexta-feira
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Quarta feira
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11.3.03
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Segunda-feira:
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10.3.03
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O início do Carnaval foi assim:
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Voltei! Mas o sono me consome, vou dormir e escrevo do trabalho.
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Campanha:
Meses anteriores
O que andei escrevendo nesse blog...
Maio de 2002 - Como tudo começou. Justificativas do porquê desse blog e as dúvidas iniciais da vida de quem está experimentando.
O garoto que eu roubei o lugar dele me roubou mais beijos. Tive que explicar pra ele que não é bem assim... ter um ou outro beijo roubado tudo bem... mas depois tem que ser em comum acordo, com conversas explicando a intenção ou com desejo mútuo demonstrado pelas ações.
Sexta eu não saí. Fiquei em casa dormindo, às 10h já estava na cama. Tinha que recuperar depois da malhação pesada, e das noitadas que aprontei :-)
Hoje não sei o que faço. Estão me chamando para a Jô. Depois eu falo o que aprontei.
Isso foi ontem. Marcamos de encontrar por telefone, peguei ele na porta da faculdade, demos umas voltas de carro. Ele aconselhou que eu parasse o carro, mas eu disse que não gosto de ficar dentro do carro não. Ele falou que eu estava gastando muita gasolina, então sugeri de pararmos num motel. Mas não um motel caro, não... aí ele mesmo deu a dica de um barato no centro da cidade. R$ 10, por duas horas. Já chegamos tirando a roupa. Beijamos horrores, nos pegamos... Mas por algumas diferenças na cama não foi 100%. Ele era mais quente, agitado, e eu mais calmo, concentrando nos beijos. Foi bom, gozei duas vezes, uma na cama mesmo e outra masturbando a dois no banheiro. Ele gozou junto comigo, com direito a espirrar na parede, no chão, na pia e na tampa da privada.
Espero que minha seguradora não leia isso.
Quinta feira, ao sair da boate, estava indo pra casa dirigindo rápido e parei mum sinal de trânsito. Quando vejo, ao meu lado para um cara num Pálio quatro portas. Ele estava vestindo uma blusa branca tamanho "P", o que fez meu gaydar apitar. Fiquei olhando pra ele. Furei o sinal, ele também. Paramos em outro sinal. Nos olhamos mais. Arrancamos, ficamos nos olhando enquanto dirigíamos. Mantemos a mesma velocidade por vários quarteirões, até que ele sinalizou alguma coisa e sorriu, acho que estava cumprimentando. Eu respondi. Mais à frente eu teria que virar, pra ir pra casa. Então reduzi e fiz sinal que ele parasse. Encostamos na beirada da avenida. Ele desceu do carro e veio conversar comigo. Chegou na janela.
- Oi.
- Oi...
- Blz?
- Você estava na boate? - eu perguntei.
- Não, estava na casa de amigos.
- Ah. Mas e aí?
- E aí...
- Indo pra casa né.
- Vamos parar em um lugar melhor. Aqui está muito movimentado.
- Tudo bem.
- Entra nessa rua aí.
- Mas eu moro por aqui...
- Eu também.
Segui ele, que virou e parou dois quarteirões depois.
- Entra aqui para conversarmos - falei.
- Como assim, vou entrar no carro de um estranho...
- Eu me chamo Lu.
- Guilherme. Prazer.
Entrou.
- E então...
- E essa boca gostosa aí? - Ele perguntou.
- Hehehe. O que que tem...
- Vai ficar só me olhando?
Beijamos muito.
- Vamos pra outro lugar - sugeri.
- Não quero deixar meu carro aqui. Vou com o meu também.
- Ok. Me segue.
Saí dirigindo pelo meu bairro em direção a uma rua deserta. Paramos embaixo de uma árvore. Ele veio e entrou no meu carro. Beijamos mais.
[Advertência ao leitor: Se você tem menos de 18 anos ou votou contra pornografia, na enquete abaixo, pare de ler este post por aqui :-)... ]
Como era natural de acontecer a dois caras com tesão, talvez bêbados e sem pudores, que se conheceram numa situação atípica e queriam aproveitar aquele resto de madrugada, começamos a nos pegar. Primeiro de leve, sobre a calça, sentindo os volumes e tal. Depois, por baixo da blusa, na barriga, depois tiramos as blusas. Depois por dentro da calça, e por dentro da cueca.
- Cuidado, eu devo estar todo molhado - Advertiu.
E estava mesmo. Assim como eu. Beijávamos enquanto nos masturbávamos (um ao outro). Chegou uma hora que falei que já não estava aguentando. E se eu gozasse ali ia ser um problema: ia sujar minha roupa e o carro todo. Então peguei uma camisinha no meu kit de primeiros socorros para me proteger. Ele continuou batendo uma pra mim até que gozei demais. Ele nem preocupou consigo não. Ficou satisfeito de me ver gozar. Depois disso ele resolveu se masturbar sozinho enquanto beijávamos e eu passava a mão no seu peito. Ele gozou em seguida, sujanto todo o peito e seus pelos em cima do pau. Ficamos curtindo um pouco ali. Depois peguei a minha camisinha, dei um nó pra jogar fora. Ele perguntou se eu tinha alguma coisa pra limpar. Não tinha. Ele disse:
- Ah, devia ter usado uma camisinha também :-). Mas ok, sem problema, vou chegar em casa e tomar um banho de qualquer forma...
Ele se vestiu assim mesmo, um pouco preocupado com a blusa branca, pois temia que amarelasse onde molhasse de porra. Tranquilizei-o, porque já me vi na mesma situação e minha roupa não ficou manchada.
Trocamos telefone e nos despedimos. Ainda não liguei pra ele, nem sei se vou ligar.
Depois passamos na Cafeteria Três Corações, encontramos uma galera e fomos pra casa do Bruno ver o Oscar.
O Vortisto me disse que eu beijei um cara na sexta, que tem certeza, que me viu. Me esforcei bastante para lembrar mas ainda não consegui. Não sei se é uma viagem dele ou se é amnésia alcoólica minha.
Bom, antes de ir pra lá tinha passado no Five com a galera, e tomei umas duas doses de Cuba. Depois na boate entrei com um convite de R$15 de comsumação e pulseira vip para o andar de cima, onde tinha um aniversário com champanhe e tal. Nossa, você imagina né. Essa hora o álcool me comandava. Desci, fiquei conversando com um cara mais velho e sarado, que sempre vejo pela noite desse país afora (Ultralouge-SP, festas no Rio e tal). Ele é médico. Ele estava chegando em mim, eu deixei, e acabamos beijando. Só que eu estava meio mal, e ele estava querendo ir embora. Trocamos telefone e só. Dei mais umas voltas, encontrei com um garoto que, na sexta, roubei o lugar que ele estava sentado, ao lado da lésbica que dei um choquinho. Ele ficou me zoando, "ladrão de lugar", e eu ria. Ele também estava muito bêbado. Na pista ele me roubou uns beijos enquanto conversávamos. Quando vi o dia já estava amanhecendo. Bebi uma garrafa d'água e fui embora.
Não beijei ninguém, mas troquei umas conversas e telefones com carinhas interessantes. Um deles foi o cara da blusa do número 18, que vi na Haram em Cabo Frio um dia e nunca mais soube do paradeiro. Aloka estava bêbada. Tinha tomado meia garrafa de uísque com o amigo num apartamento aqui em BH. Pelo menos na boate ele estava tomando só água. Trocamos telefone. Já liguei hoje e ele está bem, trabalhando e com um sono de matar. Conversei também com o garoto do segundo andar, que estava ótimo, falei também com seu namorado e com o Leandro. Liguei pra ele hoje mas o papo não rendeu, eu o acordei.
Dei carona pro Felipe, pra Fernanda e pro Guilherme, e viemos conversando (se não eu ia dormir e bater o carro na primeira árvore, já estava a quase 24 horas acordado).
E hoje (quinta) acho que vamos pra Jô, aniversário de um amigo. Tá afim?
Ontem fiquei em casa mesmo, de pijamão, vendo filme, conversando na net e tal. Nada de beijos. Apenas uns contatos que podem me render algo para essa semana. Vamos ver no que que dá.
Só saio de casa se for pra beijar muito.
- Está vendo aquele cara alí, o Leo, então, ele pediu pra te falar que o amigo dele, aquele de gorro, está querendo te conhecer. Ele estava ficando com outro carinha lindo. O que que eu falo pro Leo?
- Não fala nada.
Agora eles usam duas pessoas de ponte.
E depois vi que ele não estava ficando só com o carinha, mas com uma carota também, num beijo a 3 no meio da pista.
- Oi, posso te fazer uma pergunta, você não vai ficar chateado não?
- Bom, qual pergunta?
- Aqui, você é entendido?
- Como assim entendido? Eu entendo de várias coisas... (Me fazendo de desentendido)
- Ai gente, hum, como eu posso te explicar, ai... assim...
- Hahaha, eu perguntei só pra te deixar sem graça mesmo. Você está perguntando se eu fico com homens de vez em quando?
- Isso!
- Ah, então eu fico sim.
- hum. Sabe o que que é, é que um amigo meu está louco pra te conhecer.
- Eu vim aqui para ver um filme sozinho mesmo. Nem sei o que rola nesse shopping (falso desentendido) mas valeu pela abordagem.
- Que pena. Meu amigo vai ficar chateado. Mas deixa pra lá. Eu que me arrisquei de tomar um coió aqui conversando com você hehehe.
- Fala pro seu amigo que quem sabe em outra ocasião.
- Ok, outro dia a gente se fala então.
Entrei no cinema e vi o filme sozinho. Às vezes prefiro assim. Dá pra ver sem interrupções e comentários, e com isso nos concentramos mais.
Ah, na fila encontrei com o Júnior (que se dizia hétero) com um garotinho que ele anda junto já fazem uns dois anos.
Achei o filme ótimo. É um daqueles que a gente sai do cinema analisando várias coisas da história e da vida.
Mais praia, sol, etc. Lanchamos numa padaria perto de casa, depois ficamos jogando baralho durante a noite. O garoto de Araruama chegou, mas como estávamos no meio de uma partida de buraco, ele ficou dormindo no sofá. As absolutely ligaram dizendo que estavam indo pra boate. Resolvemos ir também, mas mais tarde. Chegamos lá umas 2 da manhã, o bicho estava pegando, dançamos horrores, conversamos com os outros meninos d'a irmandade e saímos de lá quase de manhã. O garoto foi comigo novamente, mas dormimos mesmo. Até que fizemos uma pegaçãozinha básica na cama mas desmaiamos depois. Ele teve que trabalhar também no sábado.
Sábado
Deu a louca na metade dos caras do apartamento e eles foram embora pra BH bem cedo no sábado, mesmo sabendo que nós poderíamos ficar no AP até domingo à tarde. Resolvemos ir também, mas para o Rio de Janeiro, à noite, e de lá rumar pra BH no domingo. Eu, Kyle e Rafa, os remanescentes, temos amigos no Rio que poderiam nos hospedar.
Então resolvemos aproveitar bem o último dia em Cabo Frio. Segundo indicações do Leo (ficante do Kyle) fomos para uma praia depois do aeroporto, acessível por uma estrada de terra. Na verdade é uma enorme lagoa salina, rasa, num cenário que me lembrou o filme Great Expectations (quando o garoto está andando dentro da água, desenhando os peixes, e é pego pelo personagem do Robert De Niro). É muito bonito, o céu azul, o sol, a água calma, as árvores num banco de areia longe e uma garça pousada num toco. E o fundo da água, com conhas, mariscos e algas, é macio e às vezes áspero. E também, quando mergulhei, fiquei surpreendido com a densidade da água. A gente bóia sem precisar fazer nenhum esforço. Pode-se dormir na água que você não afunda, nem seus pés. Cochilei por uns 5 minutos e quando levantei vi que estava a dezenas de metros dos meninos, levado pela correnteza inperceptível. Mas ainda era raso. Voltamos, paramos na praia do Foguete, almoçamos no clube da marinha e pegamos um pouco de praia, mais agitada, com ondas. Mas as águas-vivas estavam na área, então não ficamos dando sopa. Voltamos pro AP e fizemos as malas. O garoto me ligou, despedimos por telefone mesmo. Agradedemos aos nativos a atenção que nos deram, e tal...
Pegamos a estrada, o clima estava nublado, indicando o fim do céu totalmente limpo que vimos durante a semana inteira. Abasteci o carro com a gasolina caríssima de Cabo Frio, R$2,35, mas calculei o suficiente para chegar ao Rio, onde certamente teria uma mais barata. A estrada estava cheia, e uma chuva fina nos acompanhou até antes da Ponte, onde um enorme engarrafamento nos atrasou cerca de uma hora. Fomos direto pra Farme, mas devido à tempestade que caiu na cidade, estava vazio. Encontramos com os meus amigos Leo e o Victor. Perguntei se ainda tinha ingressos para o Desfile das Campeãs. Poderíamos ir lá pra ver com cambistas. Tinha bastante ingresso disponível, de R$10 a 100, dependendo da localização, mas nos satisfizemos vendo os carros, a montagem e a preparação das escolas na concentração da Marquês de Sapucaí. Demos umas voltas pela região, comemos um churros e vi uns vendedores ambulantes de café. Eles andam com umas garrafas térmicas pelo centro. Isso é um hábito típico carioca, me lembrou o conto que li de Machado de Assis. há mais de um século ele já falava dos vendedores ambulantes de café pela madrugada do centro do Rio. Vimos os fogos e a introdução da bateria da Mocidade e fomos embora. Voltamos para Ipanema, conhecemos os amigos do Rafa no AP deles, mas não animaram de sair. Nem o Leo e o Victor.
Então fomos nós três: eu, Kyle e Rafa para a Le Boy. Os cariocas não gostam de lá, parece que só vão os turistas, mas nos divertimos bastante. Interessei por um carinha que parecia saído do filme Cidade de Deus, mas depois ele sumiu então desisti. Bebemos duas tequilas cada um e mais cerva e cuba. Dançamos horrores, chegou uma hora que estava muito calor e todo mundo sem camisa.
Beijei um cara gostoso, que tinha uns 30 anos, cujo nome esqueci. Só sei que começa com H. Demos mais umas voltas, e fiquei encarando um carinha loiro bonitinho. Não era sarado como quase todo o resto da boate. Ele correspondia, então tive a obrigação de ir lá e ver qualé. Cheguei perto dele e falei " estou te olhando tanto que você já deve estar sem graça né!" ele disse que "mais ou menos" e sorriu, aí o papo se desenrolou bem. Fomos pro segundo andar e sentamos na escada que leva pra sauna e beijamos horrores.
Lá pras 5 e meia da manhã fomos embora. Atravessamos os túneis, linha vermelha, amarela e baixamos na casa do Leo em Inhaúma, que estava nos esperando. Dormimos como pedras, pois nem a reforma da casa de um vizinho pela manhã e o pagode no carro do outro incomodou.
Domingo
Almoçamos bem e pegamos a estrada de volta. Viemos conversando bastante, sobre o carnaval, sobre nós mesmos, sobre família, como começamos na vida gay, sobre experiências, preferências e tal. Em umas 6h de viagem estávamos em BH.
Mais praia, sol, água de côco, açaí, bolinho de aipim (que aqui é chamado de mandioca mesmo), guaraná e mate na Praia do Forte. Voltamos cedo porque o Mud tinha que ir embora, ele trabalhou na quinta aqui em BH. A cidade começou a esvaziar, prova disso foi a boate que não estava tão animada quanto nos outros dias. Pelo menos era de graça, chegamos antes da meia noite. Na volta dei carona de volta para algumas das Absolutelys e na hora de despedir a Marlyn me deu um beijo. Eu não recusei né.
Quinta-feira
Pegamos praia cedo. fomos pra Arraial do Cabo, na Praia Grande. Estava um sol de rachar, a praia lotada, em alguns lugares meio farofa. Mas lá é legal, tinha uma cascata na rocha que tem atrás da praia, feita pela prefeitura com água do mar. O problema que as tubulações pra coletar a água do mar e jogar na pedra poluem muito o ambiente, parece às vezes uma mini usina hidrelétrica. Saimos umas 5h da praia pois os meninos queriam fazer uma aula de Street Dance. Eu não ia aguentar não, então passei na praia do forte e depois fui para um cybercafé enquanto os meninos dançavam. Chequei uns mails, respondi comments desse blog mas não tive tempo pra postar. Fomos pra casa, ficamos jogando buraco e lá pras 10 e meia o interfone toca e era o garoto de Araruama, que chegou de surpresa. Gostei. Mas fiquei brincando com ele, tipo "como você não avisa? E se eu estivesse com uma aqüendação aqui no AP?". Ele disse que não tem problema, já está meio acostumado com isso. Na semana passada tinha visto o namorado beijando outro na boate. Fomos jantar no Canal, num restaurante ótimo, acho que se chama "Galetos do Zé", é ao lado do "Tia Maluca". Comemos picanha, fritas, farofa, arroz e vinagrete. Muuuito bom. Ficamos um tempo no canal, conversando, bebendo capeta com as Absolutely, depois fomos pra casa. Levei o garoto pro meu quarto. Eu estava dormindo sozinho no quarto do líder, também conhecido como quarto de empregada. Beijamos horrores, ficamos pelados naquele calor, pegei meu kit de primeiros socorros sexuais, nos protegemos e transamos. Foi uma coisa mais tranquila, calma. Ao contrário do que aconteceu nos outros quartos da casa... alguém fez o cavalo da pata quebrada na sala, outro quebrou a cama de casal de um dos quartos... Depois tomamos um banho juntos e deitamos. Mas meia hora depois o despertador do telefone dele tocou pois o garoto tinha que trabalhar às 7 da manhã.
Praia, sol, água de côco, açaí, etc... Encontramos com as Absolutely e fomos andar de banana. 10 beshas dando pinta no mar.
À noite fomos pra Búzios. Andamos pela Rua das Pedras, vimos os homens lindos e gostosos, as mulheres lindas e gostosas e tomei um suco enquanto os meninos comiam uma torta de chocolate. Andamos pelo cais até que chegou um barco onde estava tendo uma rave com música trance. O barco ficava umas 4 horas no mar e voltava. R$40,00. Se fosse um evento gls até que toparíamos ir. Voltamos pra Cabo Frio e fui dormir relativamente cedo. Umas 3h.
Terça-feira:
Fomos pra praia do Peró. Eu conhecia ela há uns 6 anos atrás e era uma praia praticamente deserta. Agora ela está muito movimentada, difícil pra estacionar, pra achar uma barraca e tal. Fomos dar uma volta. Eu e o Kyle corremos pela praia e junto com os outros andamos pelas pedras e pela montanha. O visual dali é muito bonito. Voltamos pra praia do Forte e ainda pegamos uma praia lá.
À noite fomos novamente pra Haram. Bebi umas três caipivodkas. Dançamos horrores. Estava muito legal, umas 10 bibas na pista interagindo no mesmo bate-cabelo :-) Drag music, JovemPan, e tal... E ainda teve show com a Tati Pirulito, muito engraçado. Mais tarde, quando eu estava sentado numa mesa, chega um cara e fala "aqui, tem um amigo meu que queria te conhecer". Falei algo do tipo "diz pra ele ter atitude e vir aqui por conta própria". O cara ficou me achando super grosso né. E o carinha nem veio.
Depois na pista vi o cara com um amigo gostosinho e desconfiei que fosse ele. Trocamos uns olhares. Na varanda nos encontramos e conversamos um pouco. 19 anos, malhado, mora em Araruama, pega carona com os amigos ou 1h de ônibus quando quer sair em Cabo Frio pois na cidade dele não tem nada. Ele confessou que tinha pedido pro amigo chegar em mim, perguntar se tinha namorado e tal. Fiz ele dizer diretamente pra mim o que queria. Ele disse algo como "quero te beijar" olhando pro chão. Achei lindinho e abracei ele :-). Mais tarde ele dispensou os amigos que estavam indo embora pra ficarmos mais. O dia já estava raiando e fomos embora com os outros pro AP. Ele dormiu comigo, mas só dormimos mesmo, estávamos muito cansados. Só emprestei uma bermuda pra ele, beijamos bastante e dormimos. Umas 10h ele acorda com o despertador do celular pois tinha que ir pra Araruama trabalhar ao meio dia. Eu estava muito sonolento se não levava ele lá. Tomamos um refri e comemos um mixto quente. Beijamos mais. Não pude levar ele até a portaria porque estava de short de pijama e de pau duro.
Continua.
Sexta
Antes de sair de BH na sexta eu tinha visto no MGTV a seguinte notícia: Acidente na BR040 interrompe o tráfego por tempo indeterminado. O reporter indicou um caminho alternativo que aumentaria a viagem em 37 km. um caminhão caiu sobre os trilhos da rede ferroviária, o motorista mesmo ferido comunicou à Polícia Rodoviária, a polícia avisou à nova RFFSA, mas parece que ignoraram o aviso, pois meia hora depois um trem de minério destruiu o caminhão e o arremessou contra os pilares de uma ponte. Enquanto discutem de quem é a culpa, o trânsito Rio-BH é feito por uma estrada de terra e lama que passa dentro de um rio, e quem vai no sentido BH-Rio tem que passar por Ouro Branco e dentro de Conselheiro Lafaiete. O fato é que gastamos cerca de 2 horas nesse desvio. Depois enfrentamos outro engarrafamento monstro na Via Lagos, chegando em Cabo Frio. O resto da viagem foi bem tranquilo. Saímos daqui umas 8 e meia da noite - eu, Kyle e Mud - e chegamos lá cerca de 7 da manhã. Consegui dirigir a madrugada toda graças a garaná, cafeína e anfetamina.
Sábado
Praia, sol, mar, água de coco, açaí, turma de gays, barraca gay na praia (Brasil 2000), caminhadas, Binks, Absolutely BH e mais gays.
À noite fomos pra Haram, boate gay da cidade, conhecida como Castelinho. É uma casa no alto de um morro, que, dizem, já foi a casa de veraneio da Regina Duarte.
Estava de olho em uns três gostosos lá. Conversei um pouco com um cara de BH que nunca tinha visto e que não vi mais pela cidade: era um moreno que estava com uma blusa sem manga com uma faixa verde no peito com o número 18. Queria reencontrá-lo, mas acho que não vai lembrar de mim pois bebeu umas 10 doses de uísque.
Vi um moreno delicioso de uns 22 anos que estava sem blusa e com a calça baixa aparecendo o cofrinho. Ele não parava de olhar. Depois de beijar horrores fomos pra varanda conversar um pouco. Ele perguntou o que eu faço, respondi e acrescentei que tenho uma página pessoal na internet. Ele pergunta se eu faço pegês. Eu disse que sim. Ele fala, "ah, legal, eu já fiz pela internet mas faço mais em sauna mesmo". Depois que vi que entendi errado tentei esclarecer que faço páginas, e não pegês. Ele riu e ficou meio sem graça, dizendo que sem querer entregou que faz programa. Eu falei que não precisava esquentar.
Domingo
Praia, etc, e à noite fomos pra Haram. Depois de dançar bastante, peguei uma caipivodka e vi, no bar de cima, um carinha interessante, típico carioca, encostado no balcão. Olhei, olhei, e ele correspondia, então me senti na obrigação de ir lá conversar com ele. Conversamos o trivial, tipo nome, de onde é, vem sempre aqui, e tal... até que ofereci um gole pra ele:
Aceita?
A Caipi não.
Então o que você aceita?
Um beijo.
Dei um beijo choquinho nele e fiquei olhando. Ele riu e pediu mais.
Depois coloco os outros dias.
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